LIXO E PURPURINA

Meu coração vai batendo devagar como uma borboleta suja sobre este jardim de trapos esgarçados em cujas malhas se prendem e se perdem os restos coloridos da vida que se leva. Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Postado por P. Moraes às 15:50

Um comentário:

Paulinha Czar disse...: Legal!

Visite também.; 19 de agosto de 2010 às 23:00

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P. Moraes: "Exagerada toda a vida: minhas paixões são ardentes; minhas dores de cotovelo, de querer morrer; louca do tipo desvairada; briguenta de tô de mal pra sempre; durmo treze horas seguidas; meus amigos são semi-irmãos; meus amores são sempre eternos e meus dramas, mexicanos!" Clarice Lispector

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ALENTO

"Quando nada mais houver, eu me erguerei cantando, saudando a vida com meu corpo de cavalo jovem. E numa louca corrida entregarei meu ser ao ser do Tempo e a minha voz à doce voz do vento. Despojado do que já não há, solto no vazio do que ainda não veio, minha boca cantará cantos de alívio pelo que se foi, cantos de espera pelo que há de vir." Caio Fernando Abreu

PURPURINA DO MOMENTO

Livro O GATO MALHADO E A ANDORINHA SINHÁ, de Jorge Amado

"É sempre rápido o tempo da felicidade. O Tempo é um ser difícil. Quando queremos que ele se prolongue, seja demorado e lento, ele foge às pressas, nem se sente o correr das horas. Quando queremos que ele voe mais depressa que o pensamento, porque sofremos, porque vivemos um tempo mau, ele escoa moroso, longo é o desfilar das horas."

Do conto LIXO E PURPURINA, de Caio Fernando Abreu

Só quero ir indo junto com as coisas, ir sendo junto com elas, ao mesmo tempo, até um lugar que não sei onde fica, e que você até pode chamar de morte, mas eu chamo de porto.

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