Também sei fazer aliteração com o /s/:
"Saudade é só o que o meu coração consegue sentir, por isso sempre os susurros da solidão me assobram."
Meu coração vai batendo devagar como uma borboleta suja sobre este jardim de trapos esgarçados em cujas malhas se prendem e se perdem os restos coloridos da vida que se leva. Caio Fernando Abreu
sábado, 30 de julho de 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
O Ritmo da Chuva
Los Hermanos
Olho para a chuva que não quer cessar
Nela vejo o meu amor
Esta chuva ingrata que não vai parar
Pra aliviar a minha dor
Eu sei que o meu amor pra muito longe foi
Numa chuva que caiu
Oh, gente! Por favor pra ela vá contar
Que o meu coração se partiu
Chuva traga o meu benzinho
Pois preciso de carinho
Diga a ela pra não me deixar triste assim...
O ritmo dos pingos ao cair no chão
Só me deixa relembrar
Tomara que eu não fique a esperar em vão
Por ela que me faz chorar.
Oh, chuva traga o meu benzinho!
Pois preciso de carinho
Diga a ela pra não me deixar triste assim
O ritmo dos pingos ao cair no chão
Só me deixa relembrar
Tomara que eu não fique a esperar em vão
Por ela que me faz chorar.
Oh, chuva traga o meu amor!
Chove, chuva traga o meu amor
Oh, chuva traga o meu amor!
Chove, chuva traga o meu amor...
Los Hermanos
Olho para a chuva que não quer cessar
Nela vejo o meu amor
Esta chuva ingrata que não vai parar
Pra aliviar a minha dor
Eu sei que o meu amor pra muito longe foi
Numa chuva que caiu
Oh, gente! Por favor pra ela vá contar
Que o meu coração se partiu
Chuva traga o meu benzinho
Pois preciso de carinho
Diga a ela pra não me deixar triste assim...
O ritmo dos pingos ao cair no chão
Só me deixa relembrar
Tomara que eu não fique a esperar em vão
Por ela que me faz chorar.
Oh, chuva traga o meu benzinho!
Pois preciso de carinho
Diga a ela pra não me deixar triste assim
O ritmo dos pingos ao cair no chão
Só me deixa relembrar
Tomara que eu não fique a esperar em vão
Por ela que me faz chorar.
Oh, chuva traga o meu amor!
Chove, chuva traga o meu amor
Oh, chuva traga o meu amor!
Chove, chuva traga o meu amor...
terça-feira, 5 de julho de 2011
PAZ E AMOR

No meu dia-a-dia cheio de burocracias que a vida em sociedade me impoe, sempre sobra um tempinho para curtir um pouco a sementinha hippie que eu trago aqui dentro. Adoro roupas estampadas e coloridas, fitas e flores no cabelo, natureza, artesanato e o máximo de naturalidade possível: menos cremes, menos maquiagem e menos hipocrisia.
Não posso dizer que tenho coragem de abandonar o conforto da minha casa para sair por aí, cantando e tocando violão (até porque eu não sei fazer nenhum dos dois), mas, com certeza, é preciso sempre criticar os excessos de consumismo e a violência gratuita com a qual convivemos. Mesmo gostando de tomar banho quente e usar shampoo, PAZ e AMOR deveriam continuar sendo as palavras de ordem - independente da religião que decidimos seguir. Afinal, não é isso que todos nós queremos? Seja usando terno e gravata na ONU, ou indo para Africa ajudar as pessoas, ou lutando pelas causas ambientais, o intuito é o mesmo: conseguir um mundo mais fraterno para todos.
Outro dia, ao ser criticada por causa das minhas blusas floridas e minhas fitas no cabelo, me disseram que eu era meio hippie e que qualquer dia desses eu ia começar a acampar em um parque. Fiquei irritada com o comentário intrometido e preconceituoso da pessoa em questão, mas isso me fez pensar em tudo que refleti até aqui e mais: depois de divagar sobre os ideais de um mundo melhor comecei a pensar especificamente no ideal PAZ e AMOR.

sexta-feira, 1 de julho de 2011
CLARICE E A TERCEIRA PERNA
Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar mas que fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com duas pernas é que posso caminhar. Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar.
Estou desorganizada porque perdi o que não precisava? Nesta minha nova covardia - a covardia é o que de mais novo já me aconteceu, é a minha maior aventura, essa minha covardia é um campo tão amplo que só a grande coragem me leva a aceitá-la -, na minha nova covardia, que é como acordar de manhã na casa de um estrangeiro, não sei se terei coragem de simplesmente ir. É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo. Até agora achar-me era já ter uma idéia de pessoa e nela me engastar: nessa pessoa organizada eu me encarnava, e nem mesmo sentia o grande esforço de construção que era viver. A ideia que eu fazia de pessoa vinha de minha terceira perna, daquela que me plantava no chão. Mas e agora? estarei mais livre?
(A paixão segundo G.H., Clarice Lispector)
Estou desorganizada porque perdi o que não precisava? Nesta minha nova covardia - a covardia é o que de mais novo já me aconteceu, é a minha maior aventura, essa minha covardia é um campo tão amplo que só a grande coragem me leva a aceitá-la -, na minha nova covardia, que é como acordar de manhã na casa de um estrangeiro, não sei se terei coragem de simplesmente ir. É difícil perder-se. É tão difícil que provavelmente arrumarei depressa um modo de me achar, mesmo que achar-me seja de novo a mentira de que vivo. Até agora achar-me era já ter uma idéia de pessoa e nela me engastar: nessa pessoa organizada eu me encarnava, e nem mesmo sentia o grande esforço de construção que era viver. A ideia que eu fazia de pessoa vinha de minha terceira perna, daquela que me plantava no chão. Mas e agora? estarei mais livre?
(A paixão segundo G.H., Clarice Lispector)
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