"Mas se eu tivesse ficado, teria sido diferente? Melhor interromper o
processo em meio: quando se conhece o fim, quando se sabe que doerá
muito mais -por que ir em frente? Não há sentido: melhor escapar deixando uma lembrança qualquer,
lenço esquecido numa gaveta, camisa jogada na cadeira, uma fotografia
–qualquer coisa que depois de muito tempo a gente possa olhar e sorrir,
mesmo sem saber por quê. Melhor do que não sobrar nada,
e que esse nada seja áspero como um tempo perdido.Eu prefiro viver a
ilusão do quase, quando estou "quase" certa que desistindo naquele
momento vou levar comigo uma coisa bonita. Quando eu "quase" tenho
certeza que insistir naquilo vai me fazer sofrer, que insistir em algo
ou alguém pode não terminar da melhor maneira, que pode não ser do jeito
que eu queria que fosse, eu jogo tudo pro alto, sem arrependimentos
futuros! Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!”
Caio Fernando Abreu
Meu coração vai batendo devagar como uma borboleta suja sobre este jardim de trapos esgarçados em cujas malhas se prendem e se perdem os restos coloridos da vida que se leva. Caio Fernando Abreu
quarta-feira, 25 de junho de 2014
domingo, 22 de junho de 2014
UMA DEFINIÇÃO NÃO ENCONTRADA NO DICIONÁRIO
Não ir embora: ato de confiança e amor, comumente decifrado pelas crianças.
Do livro: A menina que roubava livros, de Markus Zusak.
A BOLSA AMARELA
domingo, 1 de junho de 2014
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